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Intervalo de ano
1.
Rev. psicanal ; 26(1)2019.
Artigo em Português | LILACS, INDEXPSI | ID: biblio-1015158

RESUMO

O autor considera as frequentes "mentiras infantis" como expressões necessárias de que as crianças se valem para se afastar do domínio intrusivo dos pais. Elas configuram, portanto, momentos fecundos no processo de subjetivação. Depois, o autor se debruça sobre o estudo da estrutura da mentira que, ao contrário do erro, supõe a intencionalidade explícita de desejar e querer enganar o outro, com um dizer-querer dizer para iludi-lo, para fazê-lo acreditar para além do que se expressa com os ditos enunciados. A seguir, ele faz considerações sobre as personalidades como se. Considera que a exaltação da pura aparência e da hegemonia da simulação são problemáticas muito relevantes na atualidade, pois se remeteu a ficção e os semblantes ao estatuto de categoria ontológica. Finalmente, considera que a potência da psicanálise está em que esta configura um dos poucos espaços dialógicos nos quais se pode preservar uma relação autêntica com a verdade do desejo, em um mundo em que nos achamos constantemente expostos à incredulidade nas ficções simbólicas e ao cinismo existencial


The author considers "children's lies" as necessary and frequent expressions adopted by children in order to get away from their parents' intrusive domain. Therefore, such lies represent fertile moments in the subjectivation process. Afterwards, the author investigates the structure of lies that, differently from mistakes, imply the explicit intention of wishing and wanting to deceive the others, by saying-wanting to say so as to mislead them and to make them believe something beyond what is said. The author then reflects upon as if personalities and argues that the praise of mere appearance and the hegemony of dissimulation are very relevant issues nowadays since fiction and appearance have gained the status of ontological categories. Finally, the paper stresses the strength of psychoanalysis as one of the few spaces for dialogue in which an authentic relationship with the truth of desire can be preserved, especially in a world where we are constantly exposed to the disbelief in symbolic fiction and to existential cynicism


El autor considera a las frecuentes "mentiras infantiles", como las necesarias expresiones a las que acuden los niños para separarse del dominio intrusivo de los padres. Las mentiras infantiles configuran pues momentos fecundos en el proceso de subjetivación. Luego el autor se aboca a estudio de la estructura de la mentira ­ que a diferencia del error ­ supone la intencionalidad explícita de desear y querer engañar al otro, con un decir-querer decir para embaucarlo, para hacerle creer, más allá de lo que se expresa con los dichos enunciados. Luego se realizan consideraciones sobre las personalidades como si. El autor considera que exaltación de la pura apariencia y la hegemonía de la simulación resultan problemáticas existenciales muy relevantes en la actualidad, dado que se ha reenviado a la ficción y a los semblantes al estatuto de categoría ontológica. Finalmente se considera que la potencia del psicoanálisis reside en que éste configura uno de los pocos espacios dialógicos en los cuales se puede preservar una relación auténtica con la verdad del deseo, en un mundo en el cual nos hallamos constantemente expuestos al descreimiento en las ficciones simbólicas y al cinismo existencial


Assuntos
Desenvolvimento da Personalidade , Psicoterapia
2.
Rev. psicanal ; 21(3): 647-660, dez. 2014.
Artigo em Português | LILACS | ID: biblio-836493

RESUMO

O autor sustenta que a metapsicologia clássica formulada por Freud foi objeto de renovadas reformulações, dado que a descoberta freudiana sobrepassou, em certos aspectos, as próprias teorizações metapsicológicas de Freud. Assim, consideram-se: a) A reproposição metapsicológica a partir da introdução, na teoria, da pulsão de morte, dado que a clínica se articula sobre a pulsão de morte, o masoquismo essencial e o superego; b) A reproposição metapsicológica a partir da teorização do inconsciente não reprimido ou forcluído, dado que os fatos traumáticos sucedem no núcleo Real – contornado pelas cifras ocultas das letras mortas e os significantes faltantes –, desligado de toda representação, que retorna obrigatoriamente sempre ao Mesmo – pulsão de morte mediante; c) A reproposição metapsicológica a partir dos três registros de Imaginário, Simbólico e Real; d) A reproposição metapsicológica do conceito de sublimação. Esta formalização permite pensar a prática psicanalítica como produto do interjogo, tenso e nunca totalmente dialetizável, entre o universo simbólico, o mundo das fantasias imaginárias e o real não simbolizável do sexo e da morte.


The author states that the classical metapsychology, as it was formulated by Freud, was object of many reformulations, since the freudian discovery overtook, in certain aspects, Freud’s own metapsychological theories. Therefore, he considers: a) the metapsychological reproposition from the introduction of death drive in the theory, considering that the clinical work is articulated over the death drive, the essential masochism and the superego; b) the metapsychological reproposition from the theorization of the non-repressed or forclosed unconscious, since the traumatic facts take place in the Real nucleus – framed by the occult figures of the dead letters and the missing significants –, disconnected from every representation, which necessarily always returns to the Same – mediator death drive; c) the metapsychological reproposition from the three registers of the Imaginary, the Symbolic, and Real; d) the metapsychological reproposition of the concept of sublimation. Such formalization allows to conceive the psychoanalytic practice as a product of the interplay – tense, and never entirely dialectic – between the symbolic universe, the world of imaginary phantasies, and the nonsymbolizable real of sex and death.


El autor sostiene que la metapsicología clásica formulada por Freud ha sido objeto de renovadas reformulaciones, dado que el descubrimiento freudiano sobrepasó, en ciertos aspectos, las propias teorizaciones metapsicológicas de Freud. Así, se consideran: a) el replanteo metapsicológico a partir de la introducción en la teoría de la pulsión de muerte, dado que la clínica se articula sobre la pulsión de muerte, el masoquismo esencial y el superyó; b) el replanteo metapsicológico a partir de la teorización del inconsciente no reprimido o forcluido, dado que los hechos traumáticos devienen en un núcleo Real – bordeado por las cifras ocultas de las letras muertas y los significantes faltantes –, desligado de toda representación, que retorna obligadamente siempre hacia lo Mismo – pulsión de muerte mediante; c) el replanteo metapsicológico a partir de los tres registros de Imaginario, Simbólico y Real; d) el replanteo metapsicológico del concepto de sublimación. Esta formalización permite pensar la práctica psicoanalítica como producto del interjuego – tenso y nunca del todo dialectizable – entre el universo simbólico, el mundo de las fantasías imaginarias y lo real no simbolizable del sexo y la muerte.


Assuntos
Humanos , Masculino , Feminino , Teoria Freudiana , Sublimação Psicológica , Simbolismo
3.
Rev. bras. psicanál ; 46(1): 27-38, jan.-mar. 2012. ilus
Artigo em Português | LILACS-Express | LILACS, INDEXPSI | ID: biblio-1138203

RESUMO

O autor afirma que a defecção estrutural da figura do pai com a consequente degradação da Lei sociossimbólica, assentada sobre os Dez mandamentos bíblicos, implicou uma séria perda das referências e dos valores éticos. Em consequência do colapso da legalidade, instala-se uma ordem em que predominam, pelas políticas de gozo marcadas pelo masoquismo, a sexualidade fetichista--masturbatória, a agressividade especular, a violência segregativa e o consumo compulsivo dos objetos aditivos. O autor aponta a importância da postura ética do analista e discrimina, nesse sentido, a neutralidade ideológica da abstinência ética. São também descritos os extravios e as imposturas que derivam de todas as políticas que reivindicam o gozo para além da Lei simbólica. No texto é destacado o fato de que o ataque à ordem normativa sociossimbólica procura substituir a Lei que inscreve diferenças pela arbitrariedade de um sistema caracterizado pela exaltação dos gozos pulsionais indiscriminados e pela perda do respeito ético pela alteridade.


The structural defection of the father figure with the consequent degradation of the socio-symbolic law established in the Ten biblical commandments implied a serious loss of ethical references and values. In the face of the collapse of legitimacy, an order is established in which, by the policies of pleasure marked by masochism, there is the preponderance of fetishist-masturbatory sexuality, specular aggressiveness, segregative violence, and the compulsive intake of additive objects. The importance of the analyst's ethical stance is indicated and, to this effect, ideological neutrality and ethical abstinence are distinguished. This article also describes all the dislocations and deception which derive from every policy which claims pleasure beyond the symbolic law. In addition, there is the emphasis of the fact that the attack of the normative socio-symbolic order attempts to substitute the law which establishes differences in the arbitrariness of a system characterized by the elevation of indiscriminate drive pleasures and by the loss of ethical respect of otherness.


El autor sostiene que la defección estructural de la figura del padre con la consiguiente degradación de la Ley sociosimbólica asentada en los Diez mandamientos bíblicos, ha derivado en una seria pérdida de las referencias y los valores éticos. Como consecuencia del colapso de la legalidad se instala una orden en el que predominan por las políticas de goce, signadas por el masoquismo, la sexualidad fetichístico-masturbatoria, la agresividad especular, la violencia segregativa y el consumo compulsivo de los objetos adictivos. El autor señala la importancia de la postura ética del analista y discrimina en tal sentido la neutralidad ideológica de la abstinencia ética. Se describen asimismo los extravíos y las imposturas que derivan de todas aquellas políticas que reivindican el Goce más allá de la Ley simbólica. En el texto se destaca como el ataque al orden normativo socio-simbólico busca reemplazar a la Ley que inscribe diferencias, por la arbitrariedad de un sistema caracterizado por la exaltación de los goces pulsionales indiscriminados y la pérdida del respeto ético por la alteridad.

4.
Rev. psicanal ; 18(1): 63-75, abr. 2011.
Artigo em Português | LILACS | ID: lil-607704

RESUMO

O autor aborda as diferenças existentes entre a realidade imperante na época freudiana e na época atual. Na modernidade, a realidade estava caracterizada por uma ordem repressiva que, embora favorecesse o surgimento da doença neurótica, permitia a rebeldia e o questionamento criativo. Na pós-modernidade, a defecção estrutural da figura do Pai e o colapso ético inerente ao enfraquecimento da legalidade geram uma realidade cultural que propicia as políticas de gozo - adições, transtornos alimentares e condutas transgressivas. Diante da não imposição do limite subjetivante e da não transmissão de valores éticos, o sujeito tende a naufragar numa pulsionalidade acéfala e num hedonismo egocêntrico que desconhece a alteridade. A contradição instala-se, então, entre o gozo auto-erótico e o princípio do prazer, de modo que a tarefa analítica consiste em delimitar o gozo para que o sujeito possa transcender seu universo narcisístico-pulsional e ter acesso, assim, ao plano sublimatório, caracterizado pelos prazeres discursivos. O autor insiste na necessidade de que os analistas sustentem uma prática clínica baseada na ética da diferença, já que o imaginário social busca desmentir das diferenças sexuais e geracionais. Com essa finalidade, mostra como se tende a abolir - inclusive por certas correntes analíticas - as categorias diagnósticas de saúde e doença psíquica; a validar o impreciso conceito de gênero; a exaltar as posições narcisísticas e a legitimar - como meros estilos existenciais - condições patológicas como o transexualismo e as perversões. Finaliza o artigo fazendo algumas considerações sobre a prática clínica atual que deve ser inscrita num horizonte de legalidade simbólica e deve estar destinada a delimitar, sem concessões, os gozos sem alteridade, para acessar criativamente o campo do princípio do prazer com a ética desiderativa que lhe é inerente.


The author approaches the existing differences between the reality in the the Freudian and current times. In the Modem Age, reality was characterized by a repressive order that, although favored the appearance of neurotic disease, allowed the rebellion and the creative questioning. In post-modernity the structural defection of the father figure and the inherent ethical collapse to the weakening of legality generate a cultural reality that provides the policies of indulgence addictions, eating disorders, and transgressive conducts. When boundaries that lead to subjectivity are not imposed, and ethical values not transmitted, the subject tends to drawn in an acephalus impulsiveness and in an egocentric hedonism that ignores alterity. The contradiction is then installed between the auto-erotic indulgence and the pleasure principle, so that the analytical task is to frame indulgence to enable the subject to transcend his/her narcissistic-instinctual universe, and therefore have access to the sublimatory level, characterized by the discursive pleasures. The author insists that the analysts must sustain a clinical practice based on the ethics of difference, since the social imaginarium tries to deny differences between genders and generations. With this objective, the author demonstrates that there is a trend towards abolishing - by means of certain analytical schools - the diagnostic categories of psychic health and disease; towards validating the imprecise concept of gender, exalting narcissistic positions, and legitimating - as mere living styles - pathological conditions such as transsexualism and perversions.The article is concluded with some considerations on the current clinical practice, which should be inscribed in a horizon of symbolic legality, and destined to frame, with no exceptions, indulgence without alterity, in order to access creatively the field of the pleasure principle, with the desiderative ethics that is inherent to it.


El autor señala las diferencias existentes entre la realidad imperante en la época freudiana y la actual. En la modernidad la realidad estaba signada por un orden represivo, que si bien favorecía la emergencia de la enfermedad neurótica, permitía la rebeldía y el cuestionamiento creativo. En la posmodernidad, la defección estructural de la figura del Padre y el colapso ético inherente al debilitamiento de la legalidad, genera una realidad cultural que propicia las políticas de goce - adicciones, trastornos alimenticios y conductas transgresivas. Al no imponerse el límite subjetivante ni trasmitirse valores éticos, el sujeto tiende a naufragar en una pulsionalidad acéfala y en un hedonismo egocéntrico, que desconoce la alteridad. La contradicción se instala pues entre el goce autoerótico y el principio del placer, de modo que la tarea analítica consiste en acotar el goce, para que el sujeto pueda trascender su universo narcisístico-pulsional y acceder así al plano sublimatorio, signado por los placeres discursivos. El autor insiste en la necesidad de que los analistas sostengan una práctica clínica basada en la ética de la diferencia, dado que el imaginario social busca desmentir de las diferencias sexuales y generacionales. A tal efecto muestra como se tiende a abolir - incluso por ciertas corrientes analíticas - las categorias diagnósticas de salud y enfermedad psíquica; a validar el impreciso concepto de género; a exaltar las posiciones narcisísticas y a legitimar - como meros estilos existenciales - a condiciones patológicas tales como el transexualismo y las perversiones. Finaliza el artículo haciendo algunas consideraciones sobre la práctica clínica actual, la que debe inscribirse en un horizonte de legalidad simbólica, y debe estar destinada acotar sin concesiones los goces sin otredad, para acceder creativamente al campo del principio del placer con la ética desiderativa que le es inherente.


Assuntos
Humanos , Masculino , Feminino , Princípio do Prazer-Desprazer , Relações Pais-Filho , Teoria Ética , Psicanálise/métodos , Pós-Modernismo/história
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